Meu Deus!
O Brasil não aprende mesmo, mais uma vez nos deixamos levar por imediatismos políticos. Parece que nossos fisiologismos estão fadados a eternidade, não conseguimos nos desprender de uma organização social retrógrada e antiquada.
A decisão do TRE em embargar as obras do “Cimento Social”(?) no morro da Providência estão irrefutavelmente dentro da lei. Os cunhos eleitoreiros da obra não deixam dúvidas sobre a posição da Justiça Eleitoral. “A obra tem cunho eleitoral e beneficia o senador e pré-candidato do Rio Marcelo Crivella (PRB), em detrimento dos demais interessados no pleito de 2008”, disse o Juiz Fabio Uchoa, responsável pelo embargo.
As relações entre Lula e Crivella são estreitas, tanto que na última eleição houve fortes críticas do PT do Rio sobre a posição do presidente. Por isso, é de se estranhar toda a revolta do Planalto em torno do caso, as falas indignadas do presidente pareciam não saber da presença do Exército no morro, que já ocorre há alguns meses sem nenhum estardalhaço midiático.
Deixo claro aqui. Primeiro, não acho que a presença militar no morro seja responsável pela morte dos jovens. O discurso que “Exército não sobre morro” é falacioso, todos ali na corporação tem plena preparação para estarem ali, não sendo eles culpados por meia dúzia de criminosos que “venderam” os garotos como mercadoria. Segundo, concordo que tanto a ocupação da favela quanto suas decorrentes obras são mecanismos aproveitadores de uma política assistencialista.
No final disso tudo, mais uma vez, ficamos dependentes de uma tragédia para que uma ação concreta (como a do TRE) fosse tomada. Assim como nas leis de trânsito e em muitas outras, é preciso derramar sangue para acionar o Estado. Foi preciso torturar e matar três jovens para o TRE descobrir que as obras eram um grande circo? Ou será que a decisão foi tomada à luz de uma, suposta, opinião pública formatada pela mídia?
Só nos resta aguardar qual será a próximo ação pública que sucederá uma merda feita. E, obviamente, quem fica na pior são os pobres moradores da Providência. Sem obras decentes, sem obras eleitoreiras (que sejam), sem políticas públicas, sem empregos, sem porra nenhuma.
Mais um exemplo que o Brasil é o Brasil.
Em tempo:
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL610227-5601,00-CHINAGLIA+CONVOCA+DEPUTADOS+POR+TELEGRAMA.html
A notícia por si só dispensa comentários.
Férias de uma semana, REMUNERADAS, para curtir o São João é brincadeira!!
O Brasil não aprende mesmo, mais uma vez nos deixamos levar por imediatismos políticos. Parece que nossos fisiologismos estão fadados a eternidade, não conseguimos nos desprender de uma organização social retrógrada e antiquada.
A decisão do TRE em embargar as obras do “Cimento Social”(?) no morro da Providência estão irrefutavelmente dentro da lei. Os cunhos eleitoreiros da obra não deixam dúvidas sobre a posição da Justiça Eleitoral. “A obra tem cunho eleitoral e beneficia o senador e pré-candidato do Rio Marcelo Crivella (PRB), em detrimento dos demais interessados no pleito de 2008”, disse o Juiz Fabio Uchoa, responsável pelo embargo.
As relações entre Lula e Crivella são estreitas, tanto que na última eleição houve fortes críticas do PT do Rio sobre a posição do presidente. Por isso, é de se estranhar toda a revolta do Planalto em torno do caso, as falas indignadas do presidente pareciam não saber da presença do Exército no morro, que já ocorre há alguns meses sem nenhum estardalhaço midiático.
Deixo claro aqui. Primeiro, não acho que a presença militar no morro seja responsável pela morte dos jovens. O discurso que “Exército não sobre morro” é falacioso, todos ali na corporação tem plena preparação para estarem ali, não sendo eles culpados por meia dúzia de criminosos que “venderam” os garotos como mercadoria. Segundo, concordo que tanto a ocupação da favela quanto suas decorrentes obras são mecanismos aproveitadores de uma política assistencialista.
No final disso tudo, mais uma vez, ficamos dependentes de uma tragédia para que uma ação concreta (como a do TRE) fosse tomada. Assim como nas leis de trânsito e em muitas outras, é preciso derramar sangue para acionar o Estado. Foi preciso torturar e matar três jovens para o TRE descobrir que as obras eram um grande circo? Ou será que a decisão foi tomada à luz de uma, suposta, opinião pública formatada pela mídia?
Só nos resta aguardar qual será a próximo ação pública que sucederá uma merda feita. E, obviamente, quem fica na pior são os pobres moradores da Providência. Sem obras decentes, sem obras eleitoreiras (que sejam), sem políticas públicas, sem empregos, sem porra nenhuma.
Mais um exemplo que o Brasil é o Brasil.
Em tempo:
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL610227-5601,00-CHINAGLIA+CONVOCA+DEPUTADOS+POR+TELEGRAMA.html
A notícia por si só dispensa comentários.
Férias de uma semana, REMUNERADAS, para curtir o São João é brincadeira!!
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