segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Por onde andarás Dantas?

Tudo bem que já falei sobre isso aqui no blog milhares de vezes (clique aqui), mas tenho que registrar alguma coisa sempre. Não é possível, será que ninguém enxerga passa perante nossos olhos lineares um dos maiores absurdos da política nacional?

Protógenes Queiroz virou réu, o juiz Fausto De Sanctis quase foi retirado das investigações e Gilmar Mendes virou herói nacional, defensor de um Estado Democrático criado pela mídia para conservar arquiteturas arcaicas de proselitismo político.

O STF, antes tido como a "mente pensante" do Direito, o ícone do equilíbrio, virou palco do fisiologismo enraizado em Brasília. Uma grande arena, onde Joaquim Barbosa, Eros Grau, Marco Aurélio Mello, Mendes, Ayres Brito e cia, disputam espaço no tabulato folhetinesco da imprensa, cada vez mais "bonitinho" para entreter nossos "Homers Simpsons".

ABIN, Governo e Polícia Federal entram em crise. As brigas internas dominam as primeiras páginas e os papos de botequim. Enquanto isso Dantas abre seu Brut Rosé e brinda com seus advogados ao som de "País Tropical".

Em tempo:


Por que a mídia defende a intervenção dos Estados Europeus e dos EUA na Economia e aqui no Brasil insistem no axioma do "corte dos gastos públicos"?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Anistia, Guantánamo, Reinaldo Azevedo e ideologias.

Realmente eu não agüento o Reinaldo Azevedo. Ele mesmo se perde nas próprias argumentações.

Em seu blog, ele tem mania de fazer um tal de “vermelho e azul”, onde ele comenta cada parágrafo de algum texto que não tenha gostado.

Vou fazer mais ou menos o mesmo, só que ao contrário. Seguem trechos de seus artigos, comentados “chorumelicamente”.


“Conversa mole e, com a devida vênia, picaretagem intelectual. Brasil afora, sabemos, há policias que torturam presos comuns. Perguntem o que o valente Paulo Vannuchi, ministro dos Direitos Humanos, fez a respeito até agora. Eu respondo: nada! Perguntem o que Tarso Genro, ministro da Justiça, fez até agora. Eu respondo: nada! Atrevo-me a perguntar a Glenda: o que a senhora fez a respeito até agora? Nada também! E eu? Fiz o que me cabe como jornalista: já denunciei tal prática dezenas de vezes. E por que esses militantes da reparação do passado nada fazem pelos torturados presentes? Porque os coitados que se danam nas cadeias são presos sem pedigree ideológico.”
(Azevedo comentando a questão da Anistia e julgamento dos torturadores).

"Se você não sabe a diferença entre um “serial killer” e um terrorista, é inútil explicar. Se você acha que um psicopata não difere moralmente de um sujeito que passa meses planejando como jogar aviões contra edifícios, fazendo-o de modo politicamente articulado, segundo a estranha “racionalidade” do terror, não espere que eu consiga lhe provar a diferença. Você se apegaria ainda mais à suposta igualdade entre ambos. Há contrastes, minha cara, diante dos quais argumentos são inúteis. Nem sempre eles esclarecem. É uma questão de escolha moral." (Agora, Reinaldo defende a Prisão de Guantánamo diferenciando acusados).

Agora, eu (em comentário feito no blog):

Reinaldo, realmente, apesar de escrever direitinho, você se perde. As dialéticas comparativas são boas quando lhe convém.

Para comparar um bandidão do Tráfico que é torturado pela PM, com um Prisioneiro político torturado por uma ditadura, não há diferença, é tudo igual!!

Agora, quando convém defender um sistema prisional arcaico e violento, você traça "N" contrapostos entre um Serial Killer americano e um terrorista.

Obviamente, nos dois casos (ditadura e EUA), temos heterogêneas estruturas sociais. No entanto, devem ser tratados TODOS (está lendo bem ai Dr. Azevedo), TODOS, da mesma maneira. Vivemos, pelo menos na teoria, em uma democracia, onde, até que se prove o contrário, as pessoas são inocentes e possuem direito a defesa e à reintegração social de forma plena.

Como nada justifica aquela irracionalidade brutal que é Guantánamo, também acho que todas as torturas são injustificáveis. Realmente, e aí eu concordo, temos um país altamente sistematizado ideologicamente pela esquerda. Fruto, nada mais nada menos, da incompetência dos projetos liberais, ou neoliberais.

Infelizmente, você prefere o discurso belicista ao social. Fala mal dos que "ideologizam" os textos, no entanto, é o que mais o faz, nas entrelinhas.

Reinaldo, já está demais não é meu caro???

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Fugindo das Ideologizações.

Sexta-feira passada houve uma Passeata na Cinelândia.

Alardeados por uma necessidade de suprir um vazio ideológico, nossa juventude vai às ruas. A primeira faísca "blogstíca" ou o primeiro sussuro de polêmica, já se traduz em protesto, vira um contraponto sofista que esconde um vazio de pensamento crítico.

Torci por Gabeira, votaria nele novamente, o feriado influenciou na eleição, o Rio perdeu com a vitória de Paes, etc, etc. Agora, da mesma forma que os esquerdistas brasileiros e sul-americanos defendem e sustentam seus "muros" ideológicos a partir do discurso democrático, usam este mesmo discurso para suplantar derrotas.

Senão, vejamos: quando defendemos Lula, falamos que ele tem 70% de aprovação, quando "abraçamos" as causas de Morales e Chavez, gritamos que eles foram eleitos nas urnas, sejam por mil votos, seja por um voto. Eu digo isso e continuarei dizendo.

Mas, certas vezes, fico me indagando. Por que estas mesmas pessoas não foram para cinelândia antes, pedindo para os eleitores não viajarem? Por que não fizeram a tal "onda verde" durante a campanha eleitoral (nenhuma passeata botou 5 mil na rua durante as campanhas) ?

Infelizmente, nossos atos "políticos" são alicerçados em falácias cansadas, axiomas que se perdem num comodismo eterno, levantes midiáticos que ficam na linearidade cognitiva. A verdade é que somos movidos pelas frustrações próprias, as verdadeiramente sociais ficaram nas "passagens desbotadas na memória das nossas novas gerações".


Em tempo:

Sem dúvida, temos uma eleição histórica nos EUA. Não só isso, temos, indubitavelmente, um ar de mudanças caso Obama seja eleito.

Porém (sempre tem um porém) em "terras brasilis" precisamos lembrar que nenhum dos dois candidatos parece disposto a dinamizar as relações comerciais, leia-se corte de subsídios e apoio ao etanol nacional.

Vamos aguardar a decisão.

Em tempo 2:

Perguntar não ofende:

Alguém sabe quando a Revista Veja vai apresentar as provas do suposto grampo que causou uma crise institucional no Governo Lula?