sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A regulação da Livre Iniciativa.

Os últimos dias de economia convulsionada parecem traçar um paralelo complicado entre o sonho do conceito da livre iniciativa e a ingerência dos Estados nos assuntos econômicos.
Desde a dobradinha neoliberal, Reagan / Tactcher, e a emergência de um mercado sem controles ou regulamentações, o mundo não experimentava tamanha crise. Reagan gostava de ilustrar sua política desreguladora com a frase: "o governo não é a solução, mas sim o problema".


Com a saúde de grandes fundos de investimentos na CTI, o FED até fez um jogo duro no começo, mas cedeu e como cedeu. Após intensas reuniões e conversas telefônicas, o Federal Reserve injetou 55 bilhões de dólares nos bancos dos EUA e outros 180 bilhões nos bancos centrais de todo o mundo, com o objetivo de estabilizar os mercados financeiros. Essa ajuda e mais aquela dirigida ao American Insurance Group e às companhias hipotecárias Freddie Mac e Fannie Mae serão suficientes para conter a crise?


Alguns analistas fazem críticas ao governo Bush pela ausência da mão estatal no mercado financeiro, no entanto, foram os mesmos que aplaudiram a epopéia das bolsas globalizadas e das iniciativas livres. Diziam eles: "o próprio mercado irá regular o mercado". Em 15 de agosto do ano passado escrevi um artigo (O consumo que nos consome 2), no qual discutia como o descontrole da expansão do consumo nos EUA levou os investidores a banacarrota.


As "mirians leitões" já alardeiam o perigo do crédito no Brasil e o nosso BC vai na onda, subindo os juros para "desaquecer" a economia. Só esquecem que na terra do Tio Sam o crédito pessoal responde por quase 40% da economia, aqui nas terras de pindorama ainda engatinhamos, com algo em torno de 10%.




Em tempo 1:



As eleições no Rio esquentam, Eduardo Paes, com fortíssima campanha de propaganda, já lidera ao lado de Crivella.

Jandira, ficou para trás, seguida por Gabeira e Solange Amaral.

Alguns pontos já ficam claros na campanha. A opção, digna diga-se de passagem, de Gabeira, em não panfletar nem usar muitas campanhas visuais, evitando poluição, parece que foi um tiro no pé. Paes, o mais agressivo neste sentido, já lidera as pesquisas.

César Maia ainda não conseguiu emplacar sua candidata. Inexpressiva, Solange debruçou muito sua campanha nas costas do prefeito e parece que não teremos um novo "Conde" (de saias!!) na prefeitura.

Jandira repete os erros da última campanha para o Senado. Começa e bem e termina mal. Na disputa com Dornelles (2006) era dada como barbada e acabou caindo na reta final. A novela parece se repetir. Com um discurso "feminista" muito especificado, mesmo caso de Gabeira com a Zona Sul, ela não consegue expandir o eleitorado, abrindo espaço para um Eduardo Paes que está afinado com o que o povo quer ouvir.

Molon e Chico Alencar aparecem na rabeira e não terão fôlego para encarar um segundo turno com Crivella.

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