terça-feira, 22 de julho de 2008

Brasil, sexo e Lexotan.

Apologias vendidas, políticos corruptos; congresso comprado, povo acomodado; estado falido, banqueiros ricos; burguesia no champanhe, povo na miséria.

O mundo anda, o Brasil pára, na Europa vão às ruas, aqui ficamos sentados em nossos escritórios, o que nos torna cegos estruturais, não queremos ver nada, ninguém, porra nenhuma, vimos apenas o Eu, o "Mim", a orgia, o sexo.

Assim como o machismo vigente (ainda) nos leva à eterna putaria, essa putaria nos leva ao planalto central e anda em paralelo com a sacanagem dos desvios de verba, orgias com dinheiro público, noites de prazer rindo do contribuinte, inúmeras "entradas" (por trás) em habeas – corpus, brechas na lei, e nos vigaristas do Judiciário, que por fim gozam de suas vidas arrogantes, agressivas, bandidas, sonegadoras, indecorosas, ordinárias, e principalmente (e infelizmente) nababescas e "gloriosas".

Nossa bandalheira virou um prazer, um esporte, um hobby, para indivíduos que se tornaram profissionais da sodomia política nacional.

Imaginem as noites de "prazer" de Rodrigo Maia, ou as sacanagens de Paulo Maluf, ah, também temos as fodas de Dantas e as eternas transas políticas que se perpetuam num gozo infinito apoiadas pelos coronéis e caciques que comandam os nossos "exércitos" e "tribos".

Só me resta dizer, puta que paril!! Depois de tudo, quando a classe "merda" possui noção disso, ela não só toma consciência de um problema estrutural, toma também um lexotan, e dorme como se a orgia nacional se limitasse aos quartos de motel

3 comentários:

Raphael Dias Nunes disse...

Muito bem resumido em metáforas reais-sexuais. Pois na verdade, tudo se resume ao sexo. O indivíduo, a família, a sociedade, a organização política, a vida... Em comum, todos têm o objetivo final do orgasmo. Todos na busca eterna da melhor gozada, do coito final.

Neste texto ficou claro, dentro de nossos já conceituados padrões culturais machísticos, quem é o agente passivo e quem é o ativo. Quem leva e quem dá. Ou vice-versa...

Paper St disse...

Nossa eterna imobilidade coletiva...

Nossa infindável capacidade de ser enrolado e endeuzar os malandros e escroques de plantão...

Traços culturais de merda, esses nossos...

O país que temos é um reflexo do país que exigimos...e do país que SOMOS!

"E eis que chega a Roda-VIva e leva a sujeira pra lá..."

Gabriel Mattos disse...

Como bem disse o Paper, essa é a sociedade que cada um deseja. Mesmo que a aparência diante do meio social revele uma suposta indignação, todos são grandes acomodados.